Meniá

Vírus respiratório perigoso para bebês chegou antes do esperado

15 de março de 2022

O vírus sincicial respiratório (VSR) entrou no radar dos médicos antes do esperado. Após o relaxamento das medidas de isolamento devido à pandemia, as taxas de transmissão desse agente infeccioso subiram no fim do ano passado, mesmo com as temperaturas ainda quentes – clima incomum para sua circulação.

Pouco conhecido pela população em geral, esse vírus é responsável por 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias em crianças de até 2 anos.

Segundo dados do Infogripe, a ocorrência dele foi alta nos últimos meses em todas as regiões do país. E a preocupação aumenta porque logo mais teremos o outono e o inverno, estações em que o VSR normalmente já faz estragos.

“Os vírus estão sempre circulando por aí, mas cada um tem a sua sazonalidade. O VSR é mais comum a partir de março e fica relevante até o inverno. Quando essa tendência muda, a única coisa que podemos levantar são teorias, como a volta às aulas, que expôs as crianças pequenas após um período de isolamento”, avalia Giovanna Sapienza, infectologista do Centro de Prevenção Meniá.

De acordo com a médica, ele provoca doenças respiratórias de qualquer tipo, inclusive resfriados. “Mas o quadro muda de figura com os bebês”, informa. Neles, como contamos, as repercussões podem ser mais sérias. Tanto que muitos precisam de internação hospitalar, às vezes em UTI.

“Ocorre menos, mas idosos e pessoas com problemas pulmonares e imunossuprimidos também podem enfrentar sintomas mais graves”, nota Giovanna.

O que é a bronquiolite

Segundo Werther Brunow de Carvalho, pediatra do Hospital Santa Catarina, trata-se de uma infecção nos bronquíolos (ramificações dos brônquios) que levam oxigênio aos pulmões. “Quanto mais nova a criança, mais grave pode ficar”, afirma.

O médico explica que a mortalidade por causa da doença não é alta nas crianças, mas os sintomas trazem bastante sofrimento, já que há dificuldade para respirar.

Um risco que é raro, mas existe, é o de sequelas. “Quando o vírus age de forma muita agressiva contra as defesas da criança, o pulmão pode perder um pouco de sua capacidade”, exemplifica Carvalho.

Cabe lembrar que, após a infecção, não se adquire imunidade. Ou seja, a criança que pegou o vírus uma vez pode ter que enfrentá-lo novamente.

Prevenção e tratamento

Não existe vacina contra o VSR, mas há um medicamento preventivo disponível para bebês de alto risco (isto é, prematuros até 28 semanas e 6 dias, portadores de cardiopatias congênitas e com doença pulmonar crônica). É o anticorpo monoclonal palivizumabe, aplicado mensalmente durante cinco meses.

Acesse o link do Portal da Revista VejaSaúde: https://saude.abril.com.br/familia/virus-respiratorio-perigoso-para-bebes-chegou-antes-do-inverno/

 

 

 

 

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