A febre amarela tem importância por sua gravidade clínica e potencial de disseminação em áreas urbanas infestadas pelo mosquito Aedes aegypti, a chamada febre amarela urbana.
A época de maior ocorrência da doença é entre os meses de janeiro e abril, período das chuvas. Nessa época, há um aumento da quantidade do mosquito transmissor e maior circulação de pessoas nas áreas de risco, pelo período de feriados de final de ano e escolares podendo haver maior exposição e aumento do número de pessoas infectadas.
Sintomas
Os sintomas da febre amarela podem inclui: febre de início súbito, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Podem surgir também náuseas, vômitos, diarréia e icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos).
A maioria dos pacientes apresentam melhora dos sintomas, mas 15% das pessoas podem apresentar um breve período de melhora e, então, desenvolvem uma forma mais grave da doença.
Nos casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia, hemorragia, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem doença grave podem morrer.
Se observar esses sintomas, procure um médico e informe sobre qualquer viagem para áreas de risco.
Tratamento
Não existe tratamento específico para o vírus da febre amarela.
O tratamento é apenas sintomático com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para reduzir as complicações e o risco de óbito.
Prevenção e Vacinação
A única forma de prevenção é a vacinação das pessoas nas áreas de risco.
Grande parte dos estados brasileiros se apresentam como área de risco para Febre Amarela, incluindo o estado de São Paulo. No mundo, a África e grande parte da América Latina são áreas de risco.
Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida.
Com a aproximação da estação quente e chuvosa, aumenta a preocupação com a imunização contra essa doença, que pode ser muito grave.
Elisa Maria Beirão
Infectologista
CRM 86437